Durante o período de isolamento social, de março a julho deste ano, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação/Vigilância de Violências e Acidentes (SINAN/VIVA) registrou 13 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes de zero a 17 anos. Suspeito de estuprar irmã de nove anos é preso.
O número caiu se comparado ao mesmo período do ano passado, foram 42 casos em Aracaju. Os profissionais envolvidos no levantamento acredita que a redução das notificações pode estar associada a uma menor procura dos usuários aos serviços de saúde.
O estudo mostra ainda que os principais abusadores são os pais, padrastos, tios, avôs, primos, amigos/conhecidos e namorado. A faixa etária mais atingida está entre 10 e 14 anos.
“É necessário orientar as famílias para o acompanhamento dos filhos, sinais e sintomas de um possível abuso, como também orientar as crianças e adolescentes nos modos de agir, despertando a conscientização sobre o conhecimento do seu corpo, aprendendo a diferenciar toque afetivo de toque abusivo e que as mesmas saibam com quem pode contar, já que muitas vezes são ameaçadas”, complementa a responsável técnica do Núcleo de Prevenção de Violências, Lidiane Gonçalves.
O Código Penal Brasileiro define como crime sexual o estupro, estupro de vulnerável, assédio sexual e exploração sexual. E alguns sinais podem ser apresentados, tais como interesse excessivo por assuntos de natureza sexual, fuga do lar, depressão ou isolamento social, dificuldade de aprendizagem e concentração, agressividade, dor ou inchaço nas áreas genital ou anal, baixa autoestima, medo de algumas pessoas ou lugares.
Como denunciar
Os casos podem ser denunciado no Conselho Tutelar mais próximo, no Departamento de atendimento a grupos vulneráveis (DAGV) através do telefone 181, na Promotoria da Criança e Adolescente do Ministério Público, na maternidade Nossa Senhora de Lourdes ou em qualquer unidade pública de saúde, como UBS e Upas ou Hospitais. Se preferir, a denúncia pode ser feita no Disque 100.
“Trata-se de uma notificação imediata, de até 24h, principalmente em se tratando de casos agudos, tendo em vista que a criança ou adolescente vítima do abuso sexual deve ser encaminhada para Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, que é um serviço especializado para esses atendimentos, referência no Estado de Sergipe. Lá é realizado todo procedimento necessário, com acompanhamento multidisciplinar, profilaxias, aborto previsto em Lei, acompanhamento psicológico, dentre outros”, explica Lidiane.
Fonte: G1
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